segunda-feira, 2 de junho de 2008

Curtas (nem tão curtas)

* Por uma necessidade de reestruturar a pesquisa a partir de determinados critérios revistos pela Universidade, reconfiguramos parte do projeto apresentado no ano passado.

*Depois de uma discussão em um de nossos encontros, e aproveitando que já seriam necessárias pequenas alterações no projeto inicial, resolvemos mudar o nome do projeto para "Forró Pop e a nova indústria cultural no Ceará."

* A substituição do termo Forró Eletrônico por Forró Pop é só uma tentativa de dar uma maior ênfase ao universo cultural (e pop-popular) do forró. De todo modo, manteremos o atual endereço do blog com a expressão "forró eletrônico", uma vez que o termo é corrente neste mesmo universo, sem prejuízo para sua análise.

*Discutimos ainda se era pertinente a expressão "indústria cultural". Cabe ressaltar (e há uma longa e fecunda discussão traçada ao longo das últimas décadas na pesquisa em comunicação e outras áreas) que o termo não é fiel à concepção clássica adorniana (perdoem-me a simplificação, mas concepção esta ancorada numa contraposição rígida de arte e "divertimento" que não nos ajuda muito a compreender a riqueza e as contradições do universo do forró e das culturas populares contemporâneas). Nesse sentido, o termo "nova indústria cultural" não sugere que o universo do forró pop veio simplesmente substituir uma indústria cultural anterior, mas enfatizar a emergência de um novo cenário sócio-cultural, a partir da década de 90 e reestruturado nos dias atuais, de um mercado de bens simbólicos que é relativamente hegemônico em nosso Estado, abrangendo uma vasta cadeia produtiva de negócios, espaços de sociabilidade, produtoras e gravadoras musicais, programas de rádio e televisão, revistas temáticas e uma cultura de "celebridades", dentre tantos outros tópicos, que a própria expressão já nos exige uma reflexão. Nesse sentido, "indústria cultural" do forró pop assume aqui uma perspectiva mais inclusiva, de compreender também novos modelos de produção, circulação e consumo que preconizam, às vezes de modo mesmo contraditório, o combate e a apropriação de práticas e estratégias alternativas como a pirataria de CDs e DVDs, gravação de shows ao vivo, circulação de arquivos digitais em sites e comunidades virtuais etc.

* A partir de agora, o blog será atualizado com mais freqüência! Simone e meninas, compareçam!

Um comentário:

Simone Lima disse...

informações necessárias... seguiremos. hoje vou mandar e-mail prá shirley falando das entrevistas.
logo, postarei algo aqui.
beijinhos